Perspectiva

                                                                                                  
 
         Monet (1840-1926) começou como ilustrador e caricaturista, atividades em que alcançou certa fama quando ainda era praticamente adolescente.

         Em 1856 conheceu o pintor francês Boudin, que além de iniciá-lo nas técnicas da pintura paisagística ensinou-o a pintar ao ar livre, para captar melhor as cores e a luz. Três anos depois, mudou-se do Havre, onde vivia com os pais, para Paris, começando a estudar na Academia Suíça. Alguns anos mais tarde cursou a Escola de Belas-Artes, no ateliê de Gleyre, onde fez amizade com Renoir, Sisley e Bazille. Depois de uma tentativa de suicídio em 1868, Monet viajou para Londres com Renoir, fugindo da guerra com a Prússia. Lá conheceu  Daubigny, e por meio dele o marchand e dono de galeria Durand-Ruel. Seus quadros de Londres refletem o interesse do jovem pintor pela pintura oriental e pela fotografia.
          O espaço e a perspectiva são obtidos pela contraposição de estruturas geométricas e um intenso contraste cromático. Depois da apresentação em Paris, em 1874, do seu quadro Impressão, Sol Nascente (1869) ele e todo o seu grupo de amigos foram mencionados por um conhecido crítico de arte como impressionistas e mais
depreciativamente como "a turma de Monet".
          Aos poucos, foi abandonando as tonalidades escuras e tenebrosas de suas primeiras obras e adotou uma paleta de cores frias e ao mesmo tempo transparentes. Em Argenteuil, passa a pintar com Sisley e Pissarro, tanto no inverno quanto no verão. Além das paisagens, tentou incluir motivos da vida moderna, como as locomotivas. Deu início também aos seus célebres quadros de catedrais, de contornos quase inexistentes,
em que a forma é dada pela reprodução da luz e da cor.
          A síntese de sua obra são os quadros que compõem a série Ninféias, especialmente o Tanque dos Nenúfares. Monet foi o mais puro representante do espírito impressionista.

Dados Obtidos em: http://www.historiadaarte.com.br/monet.html. Acessado em: quarta-feira, 30 de março de 2011.



Sombra e Luz


"A dor passa, mas a beleza permanece", disse Renoir, um dos maiores pintores impressionistas, mestre em fixar em suas telas a luz, o brilho e a beleza das coisas.

Pierre-Auguste Renoir nasceu em família modesta -o pai era alfaiate. Em 1845, a família mudou-se para Paris, mas retornaria para Limoges três anos depois.

Em 1855, Renoir, com o intuito de adquirir um ofício, foi aprender decoração de porcelana e trabalhar no próprio ateliê onde estudava. Três anos depois, começou a pintar estampas em tecidos.

Em 1862, mudou-se para Paris e foi admitido na École des Beaux-Arts. Passou a visitar regularmente o Museu do Louvre e começou a estagiar no ateliê do pintor suíço Charles Gleyre.

Em 1866, inscreveu seu quadro "A Hospedaria da Mãe Anthony" no Salão Oficial das Artes, mas foi rejeitado. Dois anos depois, o salão aceitou a tela "Lise". Mesmo assim, o impressionismo -o novo estilo que Renoir adotara- ainda não era uma forma de arte aceita pela crítica. Por isso, Renoir e seus companheiros planejaram organizar uma exposição de arte impressionista.

Mas, em 1870, com a invasão prussiana da França, Renoir foi convocado, participando da guerra como soldado.

Em 1874, Renoir e outros artistas (como Manet, 
Degas e Pissarro) enfim organizaram a exposição dos impressionistas.

Ela se realizou no estúdio do famoso fotógrafo Nadar. Embora rejeitada pelos críticos, a exposição se repetiria em 1876, 1877 e 1879.

Durante esses anos, Renoir foi ficando famoso. Em 1880, casou com sua modelo Aline Charigot (eles teriam dois filhos, Pierre e Jean). No ano seguinte, pintou "Rosa e Azul", o célebre "quadro das duas meninas" que hoje está no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em 1882, viajou para a Itália para estudar.

Em 1892, obteve reconhecimento oficial para a pintura impressionista: um quadro seu foi adquirido pelo governo francês.

Num acidente de bicicleta, em 1897, quebrou o braço. Dois anos depois, foi acometido de reumatismo, passando a ter problemas de mobilidade.

Em 1904, quando já era admirado em toda a Europa, organizou-se uma grande retrospectiva de sua obra. No ano seguinte, Renoir mudou-se para Cagnes, em busca de clima mais saudável.
Oito anos depois, as dificuldades de saúde o obrigaram a pintar sentado e amarrar os pincéis aos dedos.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914), teve seus dois filhos convocados (eles seriam feridos). Durante a guerra, também perdeu a esposa, Aline.

Em 1919, Renoir finalmente viu suas obras serem aceitas no Louvre. Em dezembro daquele ano, morreu em sua casa de Cagnes, aos 78 anos.

Dados Obtidos em:http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u424.jhtm Acessado em: Terça-feira,dia 8 de Dezembro de 2009

Arte Abstrata Geometrica'



          Um dos artistas brasileiros que mais se aproximou da esfera de influência da arte pop norte-americana, Cláudio Tozzi nunca negou seu profundo interesse pela obra do americano Roy Lichtenstein, nem tampouco a influência da linguagem pictórica deste na construção de sua própria linguagem. Sua grande contribuição para a arte brasileira, no entanto, fora transpor, de maneira pessoal e intransferível, este novo universo de técnicas, meios e suportes, fundado sobretudo na apropriação de imagens e estereótipos veiculados no mass media, para um tempo e espaço específicos: o Brasil nos anos 60.
Nestes anos de (in)tensos debates e agitações políticas, Tozzi, então um jovem estudante de arquitetura da FAU-USP, mas político e socialmente envolvido com sua época, dedicou-se ao trabalho - como o de um cronista quase - de realizar um levantamento iconográfico de tudo o que acontecia ao seu entorno: desde a situação política do país que era a ditadura, logo à toda opressão e repressão que envolviam a morte de estudantes e/ou opositores do regime; aos protestos contra a Guerra do Vietnã; a morte de Che Guevara; a posição do Brasil como terceiro mundo; ou a chegada do Homem à Lua.
Devido ao acirramento da censura e da repressão no país pós-68, Tozzi - que chegou a ser detido por uma semana pela Operração Bandeirantes - passa a se dedicar a um outro tipo de denúncia: questionando o próprio status da obra de arte como única e elitizada, alheia aos novos meios de linguagem e fatura publicitárias, inicia uma série de trabalhos de multiplicação e alteração de imagens, a partir de técnicas derivadas da reprodução gráfica. Incursionando também pela abstração, ao longo da década de 1970, dedica-se a uma pesquisa mais formal e sistemática dos pigmentos: seus meios de expressão e os processos perceptivos que desencadeiam na retícula humana.
Artista que se caracterizou no entanto por uma busca constante de novos resultados, em um contínuo processo de experimentação, sua produção dos anos 1980, revela-se então mais preocupada com a exploração dos problemas do espaço. E é como fruto destas pesquisas e experimentações realizadas ao longo destas duas décadas que vemos emergir um dos traços que mais caracterizaria sua produção desde então, a chamada técnica do‘pontilhismo’ reticular; posto que a substituição dos pincéis por um rolo de borracha reticulado proporciona ao espectador a visualização, a olho nu, de uma infinidade de ‘pontinhos’e/ou retículas.
Tendo alcançado o reconhecimento merecido, ainda jovem - foi considerado pela crítica como um dos dez melhores pintores da década, no concurso ‘Destaque Hilton’ de 1980 - Tozzi é ainda hoje considerado um dos mais expressivos artistas do cenário artístico nacional. Não apenas pelo exímio conhecimento e domínio do métier artístico, senão pela notável coerência formal que revela na diversidade temática do conjunto de sua obra. Voltando-se ora para composições mais geométricas, construtivistas, ora para questões referentes à comunicação direta da imagem, Cláudio Tozzi revela-se sobretudo um arquiteto construtor de imagens. E, para muitos, um marco divisório da arte contemporânea no país
Dados Obtidos emhttp://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/claudio-tozzi/claudio-tozzi-1.php        Acessado em: Segunda-feira, dia 7 de Dezembro de 200

Cor

"Quando a tua mão direita estiver hábil, pinta com a esquerda; quando a esquerda ficar hábil, pinta com os pés." Essa frase só poderia ser de Gauguin, um dos principais pintores do pós-impressionismo, que exerceu profunda influência em toda a arte moderna voltada para o exótico e o primitivo.

Eugène-Henri-Paul Gaugin era filho de um jornalista francês e de uma escritora peruana. Viveu em Lima de 1851 a 1855. Aos 17 anos, entrou para a Marinha Mercante, onde permaneceu por cinco anos e teve a oportunidade de visitar o Panamá e o Pacífico. Aos 23 anos, esteve no Brasil, passando um mês no Rio de Janeiro.

Em 1871, Gauguin retornou a Paris e começou a trabalhar como corretor de valores e a pintar nas horas livres. Casou-se com uma dinamarquesa, Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos.

Foi em uma exposição impressionista, em 1874, que confirmou o seu desejo de ser pintor. Logo seus quadros também começaram a ser aceitos em exposições. Pissarro teve um interesse especial por suas obras, e o apresentou a Cézanne.

Em 1883, um colapso econômico o ajudou na decisão de tornar-se um artista em tempo integral. Estabeleceu-se em Ruen, com a mulher e os filhos, mas a experiência não deu certo. Mudaram-se então para Copenhagen, terra natal de sua esposa. Na Dinamarca ele não era feliz e retornou sozinho a Paris, em 1885. Instalou-se depois em Pont-Aven, na Bretanha, conhecido reduto de artistas.

Entre 1885 e 1886 encontrou Degas, Charles Laval, Emile Bernard e Van Gogh. Com Laval viajou a Martinica. Após um breve período com Vincent Van Gogh em Arles (1888), Gauguin abandonou cada vez mais a arte imitativa para a expressão com a cor.

Graças ao dinheiro conseguido com uma exposição de seu grupo no café Volpini em Paris, em 1891, partiu para o Taiti, onde pintou o cenário primitivo e luminoso da região, as formas opulentas de suas mulheres e a exuberância tropical. "Duas Mulheres na Praia" foi uma de suas primeiras obras no Taiti.

Dois anos mais tarde, retornou a Paris na esperança de suas telas fazerem sucesso. Frustrado, voltou ao Taiti em 1895. Hospitalizado com freqüência por uma condição sifilítica não diagnosticada, tentou em vão o suicídio em 1898. Em 1901, estabeleceu-se nas Ilhas Marquesas, morrendo dois anos depois.

Dados Obtidos em:http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u382.jhtm   Acessado em: Segunda-Feira, dia 7 de Dezembro de 2009'

Desenhos

O reconhecimento da sua obra não foi imediato. Torna-se conhecido e respeitado por volta de 1951 e, em 1954, realiza uma grande exposição em Amsterdão (Holanda) em simultâneo com a Conferência Internacional de Matemática. M.C. Escher faleceu a 27 de Março de 1972. As suas obras ficaram conhecidas pelos seus desenhos impossíveis, pelas ilusões espaciais que concebeu e pelos padrões que desenvolveu. Durante toda a sua vida nunca se considerou nem artista plástico nem matemático mas sim um artista gráfico.

Dava-lhe uma enorme satisfação o interesse com que os matemáticos e cientistas recebiam a sua obra:

"Confrontando os enigmas que nos rodeiam e considerando e analisando as observações que fazia, terminei nos territórios da Matemática. Apesar de não possuir qualquer conhecimento ou treino nas ciências exactas, sinto muitas vezes que tenho mais em comum com os matemáticos do que com os meus colegas artistas."  (1967)
          
Escher nunca teve uma formação académica em Matemática, sendo conduzido a ela, quase como autodidacta, pela sua própria experiência. Igualmente importante foi o contacto que manteve com alguns matemáticos.

"Apesar do texto das publicações científicas estar geralmente para lá da minha compreensão, os desenhos que as ilustram serviram-me para perceber novas possibilidades para o meu trabalho. Deste modo um contacto fecundo pôde ser estabelecido entre os matemáticos e eu próprio." (1964)

 A sua obra tornou-se uma ponte simbólica entre a ciência e a arte. São várias as ligações que podemos estabelecer entre os desenhos de Escher e a Matemática:
Dados Obtidos em:http://cubodegelo.no.sapo.pt/matematica_ficheiros/escher.htm  Acessado em: Segunda-feira,dia 7 de Dezembro de 2009